Religião também virou negócio

Prometem um lugar no céu, a salvação, a paz na família, a recuperação do amor conjugal, o fim da depressão e, o que é mais difícil de entender, a felicidade plena. É o novo ramo de negócio do mercado e, dentro dele, é muito fácil ganhar dinheiro.
Vive-se em uma sociedade em que as pessoas pouco se comunicam face a face, em que familiares são grandes estranhos e a ordem é a perfeição: beleza e conta bancária cheia. Como isso é impossível, a frustração na maioria dos seres humanos é garantida e, na busca de uma solução para o problema, só resta alimentar a fé em Deus.
E parece que a solução para todos os problemas do mundo está nas seitas religiosas. Cada uma, ao seu modo, oferece o melhor produto, a melhor receita de felicidade e, em troca do que dizem fazer por amor, pedem dinheiro. Nesse aspecto todas são iguais, o que é no mínimo questionável, porque mostram que estão totalmente incluídas na lógica capitalista de produção.
Pena que o produto em circulação do mercado religioso é o discurso, matéria de pouco domínio da maior parte da população. É fácil enganar pessoas deprimidas que não fazem análise crítica do que ouvem e ainda pagam pelo que consomem em péssima qualidade. Aqui, não se trata de questionar a existência de Deus, mas sim de contestar a política capitalista utilizada em seu nome pelo homem.
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