Juiz recebeu ameças depois de declarar pisão de fundadores da Renascer
Até que provem não se pode julgar nem declarar culpados, mas uma coisa todos têm de convir: é muito estranho e audacioso que o juiz Paulo Antonio Rossi, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, esteja recebendo ameaças depois de ter decretado a prisão preventiva dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho.
O juiz foi ameaçado por bilhete ainda em novembro, mas foi o Ministério Público de São Paulo que investigava o caso. Logo que saiu a liminar decretando a prisão dos fundadores da seita Renascer em Cristo, eles ficaram logo foragidos e só voltaram a aparecer quase um mês depois, quando o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) revogou a solicitação de prisão preventiva.
Conseguindo sair do Brasil em direção aos Estados Unidos, Célia e Estevam só não esperavam que seriam investigados na alfândega de Miami. Na ocasião, eles demonstraram alegaram possuir 10 mil dólares. Com apenas alguns segundos de investigação, lá estavam 56 mil dólares.
O juiz voltou a decretar a prisão dos acusados. No Brasil, Sônia e Estevam vão responder por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e estelionato. O casal manipulava até conseguir retirar doações de fiéis e, ainda, declaravam posse sobre "empresas fantasmas". Os fundadores da Renascer ainda estão nos Estados Unidos, no que se chama de liberdade vigiada. O casal usa um chip no tornozelo para serem monitorados. Imagine se o nome da seita não fosse "Renascer em Cristo"?
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