religião

Thursday, February 01, 2007

Juiz recebeu ameças depois de declarar pisão de fundadores da Renascer

Até que provem não se pode julgar nem declarar culpados, mas uma coisa todos têm de convir: é muito estranho e audacioso que o juiz Paulo Antonio Rossi, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, esteja recebendo ameaças depois de ter decretado a prisão preventiva dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho.

O juiz foi ameaçado por bilhete ainda em novembro, mas foi o Ministério Público de São Paulo que investigava o caso. Logo que saiu a liminar decretando a prisão dos fundadores da seita Renascer em Cristo, eles ficaram logo foragidos e só voltaram a aparecer quase um mês depois, quando o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) revogou a solicitação de prisão preventiva.


Conseguindo sair do Brasil em direção aos Estados Unidos, Célia e Estevam só não esperavam que seriam investigados na alfândega de Miami. Na ocasião, eles demonstraram alegaram possuir 10 mil dólares. Com apenas alguns segundos de investigação, lá estavam 56 mil dólares.


O juiz voltou a decretar a prisão dos acusados. No Brasil, Sônia e Estevam vão responder por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e estelionato. O casal manipulava até conseguir retirar doações de fiéis e, ainda, declaravam posse sobre "empresas fantasmas". Os fundadores da Renascer ainda estão nos Estados Unidos, no que se chama de liberdade vigiada. O casal usa um chip no tornozelo para serem monitorados. Imagine se o nome da seita não fosse "Renascer em Cristo"?

Thursday, January 11, 2007

Religião também virou negócio

Cresce a cada ano o número de novas seitas religiosas no Brasil e no mundo. Para perceber o quanto os empresários da “religião” se alastram, não precisa nem de números. Basta caminhar pelo seu bairro ou fazer um passeio pela cidade que você vai perceber que no canto de cada esquina existe um novo templo.

Prometem um lugar no céu, a salvação, a paz na família, a recuperação do amor conjugal, o fim da depressão e, o que é mais difícil de entender, a felicidade plena. É o novo ramo de negócio do mercado e, dentro dele, é muito fácil ganhar dinheiro.

Vive-se em uma sociedade em que as pessoas pouco se comunicam face a face, em que familiares são grandes estranhos e a ordem é a perfeição: beleza e conta bancária cheia. Como isso é impossível, a frustração na maioria dos seres humanos é garantida e, na busca de uma solução para o problema, só resta alimentar a fé em Deus.

E parece que a solução para todos os problemas do mundo está nas seitas religiosas. Cada uma, ao seu modo, oferece o melhor produto, a melhor receita de felicidade e, em troca do que dizem fazer por amor, pedem dinheiro. Nesse aspecto todas são iguais, o que é no mínimo questionável, porque mostram que estão totalmente incluídas na lógica capitalista de produção.

Pena que o produto em circulação do mercado religioso é o discurso, matéria de pouco domínio da maior parte da população. É fácil enganar pessoas deprimidas que não fazem análise crítica do que ouvem e ainda pagam pelo que consomem em péssima qualidade. Aqui, não se trata de questionar a existência de Deus, mas sim de contestar a política capitalista utilizada em seu nome pelo homem.